Centro Cultural Aliança recebe Reison Kuroda em Workshop de shakuhachi

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Nessa quarta-feira, 3 de julho, o Centro Cultural Aliança recebeu o músico japonês Reison Kuroda em Workshop de shakuhachi, flauta tradicional japonesa feita de bambu.

O evento foi voltado a outras pessoas que também tocam o instrumento (cada um levou sua shakuhachi) e aqueles que admiram o som da shakuhachi. Com uma cara mais intimista e as cadeiras arrumadas em semicírculo, o Workshop permitiu a troca de conhecimentos e experiências de forma mais direta e informal.

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O evento faz parte da passagem do músico pelo Brasil e outros seis países divulgando a cultura japonesa. O músico é considerado um enviado especial da Cultura Japonesa pela Agência da Cultura do Governo do Japão de 2019 (Japan Cultural Envoy – Bunkachou Bunkakouryushi). Iniciou os estudos com o professor Reibo Aoki, considerado Tesouro Nacional Vivo de shakuhachi, e Shoji Aoki, no Japão.
Foram apresentados os três estilos das músicas tradicionais de shakuhachi e uma nova técnica, que está sendo desenvolvida pelo próprio Kuroda.

De acordo com Kuroda-sensei, a shakuhachi em sua origem leva muito em consideração o improviso e os três estilos mais antigos são baseados em elementos dos sonhos. Uma das músicas apresentadas, que tem mais de mil anos, tenta reproduzir o som dos sinos. Outra delas, surgiu na cidade de Tsugaru, um local muito frio e com ventos fortes, que exigia dos tocadores mais força no sopro, algo vindo do diafragma. Já esse estilo reproduz o movimento das ondas que batem nas rochas.

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Shen Ribeiro – músico que estudou shakuhachi no Japão na Universidade de Belas Artes de Tóquio, discípulo direto do Mestre Goro Yamaguchi, e que foi convidado a tocar para o Imperador do Japão – apresentou a canção shika no tone, um clamor de amor, junto com Kuroda.
Após essa apresentação, Kuroda compartilhou técnicas mais modernas com os presentes que também tocam shakuhachi. “O som pode sair soprando ou aspirando. O som da shakuhachi representa a respiração e suas variações.”

Kuroda comparou, inclusive, a gastronomia com a prática da shakuhachi. “É uma busca por novos temperos e sabores. Sabendo tocar o instrumento, pode-se se aventurar e abrir um novo leque de possibilidades. E essas novas técnicas se encaixam bem na palavra ‘abstrato’.”

Entre as canções de encerramento, estava uma composição de sua esposa, que explora as novas possibilidades oferecidas pelo instrumento com o marido. Atualmente, o músico trabalha pela expansão das possibilidades da shakuhachi, percorrendo uma ampla variedade de gêneros musicais, do clássico ao moderno, passando pelo jazz e até mesmo pelo improviso.

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