Alfredo Ohmachi comanda uma verdadeira aula sobre o mundo dos negócios no Japão

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Com auditório cheio, o Engenheiro Alfredo Ohmachi palestrou sobre o tema “O mundo corporativo japonês, sob a ótica de um nikkei brasileiro”, dia 27 de abril, no Centro Cultural Aliança, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista.

Nissei e descendente de imigrantes da província de Akita, Ohmachi possui 40 anos de experiência em grandes multinacionais do Brasil e do exterior e 15 anos de atuação no Japão, motivo que o levou a compartilhar seus conhecimentos ao público e aos alunos do “Nihongo Business Communication Course”, ministrado pelo Prof. Masayuki Muranobu.

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– Acho que consegui endereçar os principais pontos e passar a mensagem de uma forma simples e inteligível, pois a audiência era bem variada, desde estudantes, amigos e até empresários dos diversos setores – disse Alfredo Ohmachi.

Dentre os assuntos abordados na palestra, Ohmachi destacou algumas das principais barreiras que encontrou durante a carreira no Japão, além de pontos positivos no mundo corporativo japonês, que servem como dicas aos que pretendem seguir carreira no país.

O engenheiro alertou o público sobre a necessidade de conhecer o idioma japonês para atuar no mercado de trabalho local e enfatizou a importância de respeitar a hierarquia dentro de empresas japonesas, já que significa a base cultural do país.

Dentre os pontos positivos estão: os japoneses têm respeito às regras, são fiéis às empresas, respeitam a hierarquia, incluem no dia-a-dia, ações para sociabilização de funcionários, como viagens em grupo, rádio taissô, a ginástica ritmada, além de ajudar comunidades locais.

Em se tratando de cultura japonesa, Ohmachi destacou alguns aspectos culturais únicos, como a necessidade de se sentir parte de um grupo, a de ter regras e padrões bem definidos e, novamente, entender a hierarquia como base do comportamento no trabalho e na sociedade.

Outro relevante aspecto cultural do Japão está na importância do pedido de desculpas, quando ocorrem escândalos nos país. O acidente fatal com um elevador de uma empresa suíça, que matou um adolescente de 16 anos, em 2006, teve repercussão mundial, principalmente, pelo fato de a fabricante não ter feito pedido de desculpas formal à população.

A imprensa japonesa, por exemplo, considerou como “imperdoável” o não pedido de desculpas e o silêncio da empresa sobre as causas do acidente, e as emissoras de televisão passaram a desarquivar casos de acidentes passados para repercutir negativamente a imagem da fabricante. Diante desta experiência, Ohmachi conclui que nunca se deve colocar a cultura da empresa acima da cultura do país.

Ao final do encontro, houve uma descontraída e bastante proveitosa sessão de perguntas e respostas entre o palestrante e o público.

– A parte que eu achei mais interessante foi a oportunidade que tive de interagir com a plateia, através de perguntas e respostas, e também de poder compartilhar um pouco da minha experiência com os jovens, que tem todo um futuro pela frente – finalizou Ohmachi.

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