A ARTE JAPONESA
A arte japonesa desenvolveu técnicas únicas, pois, durante muitos séculos, o Japão isolou-se do resto do mundo e, por consequência, suas tradições, sua estética e seus artistas não sofreram interferências de outras culturas.Quando finalmente a arte japonesa ultrapassou as fronteiras e explodiu no palco mundial, na década de 1860, tudo mudou. E a arte do Japão serviu de inspiração, inclusive, para o movimento impressionista na Europa e na América.
Atualmente, os japoneses ainda preservam muitas de suas artes, como a arquitetura, a escultura, o amigurumi, o temari, o mangá e outras tantas artes conhecidas pelo mundo todo.
Origami
Professora Mari Kanagae
Arte tradicional japonesa de dobrar papel, transformando-o em figuras de animais, flores, objetos utilitários e geométricos.O Origami ajuda como recurso educacional e terapêutico, no combate ao estresse e como excelente exercício de coordenação motora fina, atenção, concentração, memorização e criatividade. É praticado tanto por crianças como por adultos.
Mangá
Professor Fábio Shin
Os mangás possuem características peculiares que os diferem dos quadrinhos do resto do mundo. Os desenhos são estilizados, com olhos grandes para demonstrar emoções e cabelos de formatos não-convencionais. Os roteiros são dinâmicos e baseados na linguagem cinematográfica, com textos curtos e valorização da dramatização.No Japão, as publicações de mangá vão de infantis a quadrinhos de caráter adulto. Por esse motivo, os mangás recebem diversas classificações de acordo com o gênero e a faixa etária.
Washi-ê
Professora Luiza Okubo
O Washi-ê é a arte japonesa que utiliza o papel washi – feito artesanalmente utilizando fibras da planta “kozo” – para criar composições abstratas ou objetos decorativos, como lanternas, portas corrediças, leques, luminárias, entre outros produtos de grande beleza plástica.Além do processo de preparação garantir a resistência à ação do tempo, o papel washi tem a vantagem de poder ser tingido, cortado, dobrado ou torcido. Com a técnica do Washi-ê, esses papéis coloridos de diferentes texturas são rasgados, desfiados, sobrepostos, justapostos e colados para criar verdadeiras obras de arte.
Essa tradicional arte japonesa ajuda na capacidade de concentração, coordenação motora fina, atenção, disciplina e criatividade, sendo indicado para crianças (a partir dos 8 anos), adultos e idosos.
Kiri-ê
Professora Mari Kanegae
A arte do Kiri-ê consiste em recortar o papel com a lâmina de um estilete, onde se vazam algumas partes do papel e se conservam outras; e ao aplicar fundos sobre a área recortada, formam-se, assim, figuras ou contornos que podem representar desde ideogramas, padrões decorativos com flores, pássaros, peixes, insetos, até cenas e ilustrações.A palavra Kiri-ê é composta por "kiri" que significa corte, e "ê", desenho. O grande feito desta arte é o efeito alto-relevo que se dá quando se comparar o uso de tinta e pincel na hora da criação da arte.
Com aulas práticas, ministradas pela professora Mari Kanegae, os alunos aprendem os fundamentos básicos da arte, podendo aprimorá-lo com o tempo.
Ikebana
Professora Tokuko Kawamura (Ikenobo) e Lina Kawamura
Ikebana é uma das artes japonesas mais conhecidas no mundo, e consiste no arranjo de flores, folhas e hastes cortadas em vasos ou outros recipientes, de maneira esteticamente harmoniosa. Sua concepção fundamental é expressar os três elementos: céu, terra e humanidade, em uma composição equilibrada, usando flores naturais.O Ikebana tem como objetivo alcançar a recriação do crescimento floral, baseando-se na importância da linha, do ritmo e da cor. É usado um vaso simples, de borda larga com água, espetando e empilhando as flores no kenzan (base metálica com agulhas apontadas para cima), a fim de se alcançar seu objetivo.
A Aliança Cultural Brasil-Japão oferece o curso em dois estilos:
· Ikenobo: considerado o mais antigo dos estilos, tem como característica a utilização dos arranjos simétricos;
· Sogetsu: tem como princípio usar todo material disponível e não somente o que a natureza oferece.
Com aulas harmoniosas, ministradas pelas professoras Tokuko Kawamura (Ikenobo), os arranjos vão ganhando inspiração e admiração à natureza, tal qual ensina a arte.
Sumi-ê
Professora Suely Shiba
Originada em mosteiros budistas da China, durante a dinastia Sung (960-1274), a arte foi assimilada pelos japoneses no século XIV, com a ajuda dos monges Zen-Budistas.O Sumi-ê é considerado a arte do essencial e seus elementos básicos são três: a simplicidade, a simbolização e a naturalidade.
Para desenvolver o Sumi-ê, são necessários alguns materiais: pincéis, tinta especial e papel artesanal à base de arroz.
Orinuno
Professora Thaís Kato
Em japonês, “ori” significa dobrar e “nuno” significa tecido. São dobraduras feitas em tecido.Esta arte se utiliza dos princípios do milenar Origami, só que, em vez de papel, sua base é o tecido. Com o tecido engomado sustenta-se as dobras. Sem costura e sem corte.
Shodô
Professor Élcio Yokoyama
Para os japoneses, a escrita tornou-se mais do que um meio de comunicação, transformando-se em atividade artística, religiosa e até uma maneira de meditação.O "caminho da escrita", como é conhecido o Shodô, utiliza pincéis e tinta preta apropriada à base de carvão em papel especial para escrever os caracteres orientais.
Kirigami
Professora Naomi Uezu
O Kirigami é uma arte com papel, que se transforma em desenhos e figuras, depois de dobrado e cortado (kiri = cortar; gami ou kami = papel). Esta arte de "recortar papéis", unida ao origami tradicional, que não usa cola nem tesoura, fez surgir os cartões tridimensionais; também conhecida como origami arquitetônico, 3-D ou Pop-up architecture.A arte desenvolve a coordenação motora, o raciocínio lógico e funciona como uma verdadeira terapia. Pode ser utilizada na confecção de cartões comemorativos, convites, livros infantis, embalagens, displays e no que a imaginação nos permitir.