21 de outubro é o Dia Mundial da Iluminação!

“Hoje é Dia de Cultura Japonesa!” – Capítulo 67

No dia 21 de outubro de 1879, Thomas Edison concluiu a sua lâmpada incandescente (白熱電球, hakunetsu denkyū), utilizando filamento de carvão. Muitos inventores como o britânico Joseph Swan já haviam chegado à lâmpada incandescente, mas Edison foi o primeiro a concluir um modelo de longa vida útil, comercializável.

Em homenagem a este acontecimento histórico, o Japão também criou uma data comemorativa: o Akari no Hi (あかりの日, Dia da Iluminação) por solicitação da The Japan Eletric Association, em 1981.

Edison, também conhecido como “O Feiticeiro de Menlo Park” (メンロパークの魔術師, Menropaaku no Majyutsushi) é um inventor mundialmente famoso. Mas um fato não muito conhecido é que, apesar de nunca ter ido ao Japão, tem forte relação com o país asiático.

Na própria invenção da lâmpada incandescente, um material importante foi o bambu japonês. Edison testou cerca de 6 mil matérias do mundo todo para criar o filamento de carbono. Na lâmpada apresentada em 21 de outubro de 1879, o filamento era feito de fio de algodão, que resultou em uma vida útil de 14 horas.

Posteriormente, fez um filamento utilizando o bambu de um leque chinês e conseguiu aumentar a vida útil da lâmpada para 200 horas. Em 1880, William H. Moore, por solicitação de Edison, foi ao Japão e soube que na (atual) municipalidade de Yawata, em Quioto, havia bambu de alta qualidade. O filamento de bambu de Yawata aumentou a durabilidade para mais de 1,2 mil horas. O bambu foi utilizado por mais de 10 anos, até ser substituído pelo tungstênio.

No santuário xintoísta Iwashimizu Hachimangū, em Yawata, existe um memorial em homenagem a Edison e é realizada uma festividade anual em 11 de fevereiro, na data de aniversário do inventor americano.

Desde então, Edison teria se interessado pela cultura japonesa. Tornou-se leitor do clássico “Bushido: The Soul of Japan”, de Inazo Nitobe, publicado inicialmente em inglês, em 1900. Eles se encontraram na ocasião em que Nitobe foi aos Estados Unidos.

Edison possuía um assistente japonês. Yoshirō Okabe, que viveu nos Estados Unidos desde 1904, trabalhando como engenheiro elétrico. Dizem que Edison tinha muita confiança em Okabe, pois diferente de outras pessoas que pegavam objetos de valor de Edison, Okabe nunca tocava no dinheiro do chefe, mesmo que estivesse largado em cima da mesa. Quando Edison fora atacado na rua, Okabe o defendeu, derrotando o agressor com técnica de judô.

Além de Okabe, vários japoneses se tornaram discípulos de Edison, tais como: Ren Sawai, que contribuiu na invenção do fonógrafo (mais uma das grandes invenções de Edison), e Kunihiko Iwadare, fundador da NEC.

Eiichi Shibusawa, conhecido como o “Pai do Capitalismo Japonês”, e Kōkichi Mikimoto, inventor da cultivação de pérolas, também tiveram contato com Edison.

Edison é muito popular entre os japoneses, pois no Japão há a cultura de ler o 伝記 (denki, biografia; sem trocadilhos, porque denki também pode ser eletricidade 電気) desde a infância. Inclusive há denki em versão mangá. Assim, as crianças costumam saber sobre a vida de personalidades históricas como o presidente americano Abraham Lincoln, o médico bacteriologista japonês Hideyo Noguchi, a cientista polonesa Marie Curie, a escritora e ativista social Helen Keller, entre outros.

Edison é figura frequente em rankings de denki mais procurados. Não é à toa que é mencionado na canção “Odoru Ponpokolin”, música tema do anime Chibi Maruko-chan: いつだってわすれない エジソンはえらい人 そんなの常識 (“Nunca nos esquecemos de que Edison é uma pessoa importante. Isso é mais que óbvio.”) Deixamos aqui o link da canção, do canal oficial da Chibi Maruko-chan, que é um dos animes mais queridos pelos japoneses.

No século 21, o uso da lâmpada incandescente tem se tornado proibido ou desincentivado aos poucos por motivos ambientais, para combater o aquecimento global. Afinal, a lâmpada incandescente tem um elevado gasto de energia. Vem sendo substituída pela lâmpada fluorescente e pelo LED (diodos emissores de luz), mais eficientes e econômicos.

Em 2014, Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura foram laureados com o Prêmio Nobel de física daquele ano, pela invenção de diodos azuis emissores de luz, que permitiram fontes de luz mais brilhantes e econômicas.

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