Palavra • Imigração Japonesa

IMIGRAÇÃO JAPONESA – ASPECTOS HISTÓRICOS

 

 

Com a revolução Meiji em 1868 e o fim do governo Tokugawa, o Japão deixa de ser um Estado feudal e se torna um Estado moderno.

 

A economia, até então baseada quase exclusivamente na agricultura, torna-se manufatureira e industrial. O término do período Tokugawa marca o início do intercâmbio cultural e econômico entre o Japão e o Ocidente através da assinatura de tratados de comércio e amizade com diversas nações, entre elas, o Brasil em 1895.

 

A modernização do Japão ocorreu às custas de uma pesada taxação sobre a terra e a produção agrícola, fazendo com que muitos trabalhadores rurais abandonassem o campo com destino às cidades. Também são essas pessoas, colocadas à margem do processo de modernização do Japão, que foram procurar em outros países melhores condições de vida.

 

Em 1868, os primeiros imigrantes japoneses desembarcaram em Honolulu, no Havaí, para trabalhar nas plantações de açúcar. Neste mesmo ano, outros imigrantes japoneses viajaram para a ilha de Guam, uma possessão alemã. A incorporação do Havaí pelos Estados Unidos facilitou o fluxo migratório de japoneses na América. Além dos Estados Unidos, os imigrantes japoneses se destinaram ao Canadá (para trabalhar nas indústrias de madeira e pesca), ao Peru e ao Brasil (trabalho nas fazendas de café)

 

Por diversos motivos, os países tradicionalmente receptores da mão-de-obra japonesa começam a fechar suas portas. As restrições à imigração japonesa impostas pelo Canadá em 1923 foram seguidas pela proibição da entrada de imigrantes japoneses nos Estados Unidos (Quota Immigration Law) em 1924. Essas restrições resultaram no aumento da imigração japonesa ao Brasil a partir da segunda década do século XX.

 

 

A IMIGRAÇÂO JAPONESA NO BRASIL

 

O Brasil tentava resolver o problema da carência de mão-de-obra na lavoura cafeeira em expansão. Com a extinção do tráfico de escravos – 1850 – e o fim da escravidão – 1888 –  a solução encontrada foi a contratação em massa de imigrantes europeus. Nos primeiros anos do século XX, a saída dos imigrantes europeus dos campos, rumo às capitais fazia com que a procura de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café fosse muito grande.


É nesse período de carência de força de trabalho que se iniciam a imigração japonesa para o Brasil. Em 6 de novembro de 1907, agindo de acordo com o artigo 36 do decreto estadual nº 1458, o governo de São Paulo assinou contrato com Companhia Imperial de Emigração do Japão (Kokoku Shokumin Kaisha). O documento previa o transporte de 3.000 japoneses ao Brasil, em parcelas anuais de mil pessoas.

 

A regulamentação do contrato:

 

De acordo com os decretos que regulamentaram a imigração, dentre outros pontos, seriam considerados imigrantes somente os passageiros de terceira classe. As companhias de navegação ou armadores não poderiam admitir em seus vapores ou navios imigrantes portadores de doenças contagiosas, vícios orgânicos, defeitos físicos que os tornassem inaptos para o trabalho, dementes, mendigos, vagabundos e criminosos. Os imigrantes deveriam vir constituídos em famílias de, no mínimo, três pessoas aptas para o trabalho (entre 12 e 45 anos).

 

Livraria Virtual

ACBJ日伯文化連盟(アリアンサ)

アリアンサ文化センター・ピニェイロス校 日本語、ポルトガル語、アート
サン・パウロ市ピニェイロス区デプタド・ラセルダ・フランコ通り328番
郵便番号- 05418-001  Tel:(11) 3031-5550
© Aliança Cultural Brasil Japão
Copyright © All Rights Reserved
日伯文化連盟
by hkl interactive media

Usamos cookies e outras tecnologias que acessam seus dados de navegação para melhorar sua experiência neste site, de acordo com nossa Política de Privacidade. Você permite o acesso a essas informações?

Aceito todos do cookies