Alguns anos após o término da Segunda Guerra Mundial, o Japão passou por períodos caóticos até chegar à reconstrução. O país estava devastado, os alimentos eram escassos, e a inflação crescia. Com a derrota, o país perdeu todos os territórios além-mar conquistados e a população aumentou 2,4 vezes. Com o auxílio dos Estados Unidos, o Japão conseguiu restabelecer o PNB (Produto Nacional Bruto) entre os anos de 1934 e 1936 e restaurar sua renda per capita a partir de 1954.
A nova constituição, que previa a desmilitarização, trouxe benefícios à economia com a diminuição dos gastos com equipamentos bélicos. A redistribuição da terra e a criação de sindicatos deram aos trabalhadores novos incentivos e, como resultado, houve crescimento constante nos salários. O carvão e o aço tornaram-se principais alvos da produção industrial e, mais tarde, o setor de bens de consumo também começou a se desenvolver. O investimento das indústrias privadas em tecnologia fez a economia se expandir nas décadas de 50 e 60, tornando os produtos japoneses mais competitivos no mercado mundial.
O crescimento relâmpago da economia gerou desequilíbrio no setor agrícola e nas pequenas empresas. Houve aumento nos preços dos bens de consumo, atraso na construção de instalações públicas e privadas, destruição do meio ambiente e migração da população rural para as áreas urbanas. Na década de 70, o mundo passou por uma crise inflacionária causada pelo sistema monetário internacional. Nesta época o Estados Unidos suspendeu a conversão do dólar em ouro, e as taxas cambiais oscilavam no mundo todo. A crise do petróleo em 73 também contribuiu para o aumento da inflação no Japão. As conseqüências desta época difícil ainda perduram no quadro econômico atual.
Nos anos 80, a queda de consumo barateou o preço do petróleo. O aumento da exportação e o investimento nos setores privados também contribuíram para o retorno da prosperidade econômica. Em 1985 as principais nações do mundo se uniram numa conspiração a fim de baixar o valor do dólar (a deflação tornou o Japão o país mais credor do mundo). Apesar de todo esforço e empreendimento japonês a fim de estabilizar a economia, o país ainda sofre com carências internas que pouco a pouco são corrigidas.