Por volta do século IX, os japoneses desenvolveram seu próprio sistema de escrita, baseado em sílabas: o kana, que foi dividido em duas categorias: hiragana e katakana.
O hiragana é um sistema de escrita, composto por 46 caracteres e 25 derivados. Sua utilização é bastante diversificada. É usado para expressar palavras de origem japonesa e é combinado com o kanji (ideograma japonês) para facilitar a diferenciação entre a escrita japonesa e a chinesa. Os traços do hiragana são arredondados.
Entre as sílabas, existem cinco vogais (a i u e o). O resto das sílabas combina uma dessas vogais com uma consoante (exemplo: ka ki ku ke ko, ra ri ru re ro…); a única exceção é o “n“. Muitas sílabas podem ser suavizadas ou fortalecidas pelo acréscimo de dois pequenos traços ou de um pequeno círculo, no topo direito da sílaba.
É usado principalmente para escrever finais de palavras, conhecido como okurigana (todos os sufixos adicionados, depois da origem de uma palavra escrita em kanji). Também é muito utilizado em materiais infantis, livro, revistas em quadrinhos, e para escrever palavras japonesas que, normalmente não são escritas em kanji, assim como advérbios, alguns substantivos e adjetivos ou para palavras cujo kanji é duvidoso ou obsoleto.
O hiragana, às vezes, também é escrito acima ou ao lado do kanji, para indicar a pronúncia, especialmente se esta é duvidosa ou fora de padrão. Usado desta maneira é chamado de furigana. Em textos horizontais, o furigana aparece acima do kanji e, em textos verticais, do lado direito do kanji.
Hiragana é o primeiro de todos os sistemas de escrita aprendidos pelas crianças japonesas.
Foram originalmente chamados de onnade (mãos de mulher), pois era utilizado principalmente pelas mulheres, enquanto os homens usavam o kanji e o katakana. Por volta do século X, passou a ser usado por todas as pessoas. A palavra hiragana significa “escrita silábica ordinária”.