Por volta do século IX, os japoneses desenvolveram seu próprio sistema de escrita, baseado em sílabas: o kana, que foi dividido em duas categorias: hiragana e katakana.
O katakana é composto por 46 caracteres e 25 derivados, sendo mais anguloso do que o arredondado hiragana.
Entre as sílabas, existem cinco vogais (a i u e o). O resto das sílabas combina uma dessas vogais com uma consoante (exemplo: ka ki ku ke ko, ra ri ru re ro…); a única exceção é o “n”. Muitas sílabas podem ser suavizadas ou fortalecidas pelo acréscimo de dois pequenos traços ou de um pequeno círculo, no topo direito da sílaba.
O katakana era originalmente considerado uma “escrita masculina”. Mas desde o século XX, ele é usado para escrever palavras não japonesas, emprestadas de outros idiomas, sons onomatopéicos, nomes estrangeiros, em telegramas e para dar ênfase (o equivalente ao texto em negrito, itálico e letras maiúsculas). Antes do século XX, todas as palavras estrangeiras emprestadas eram escritas em kanji.
O katakana surgiu no Período Heian (784-1185) e nasceu do extinto man-you kana, escrita utilizada por mulheres e nos poemas tanka (com 31 sílabas). Esta era uma outra escrita simplificada que reproduzia o som do kanji e que foi, à semelhança do kanten, “desestruturado” até a forma atual.
O katakana deriva de caracteres chineses abreviados, usados por monges budistas para indicar a pronúncia correta de textos, no século IX. A palavra katakana significa “parte silábica escrita”. A “parte” se refere ao fato dos caracteres do katakana representarem partes do kanji.