Aliança Cultural Brasil - Japão

Kendo é um esporte similar à esgrima e significa “caminho da espada”. No kendo, os dois combatentes vestem roupas protetoras, parecidas com armaduras e utilizam espadas de bambu, chamadas shinai.

A marcação de pontos é feita quando se acerta a cabeça, o tronco, os punhos ou a garganta do oponente com a espada. A disputa não dura mais do que cinco minutos e o vencedor é o primeiro que marcar dois dos três pontos. Durante a luta os competidores devem manter a postura correta; o pé esquerdo, sempre atrás, serve para impulsionar o movimento, e os passos são como saltos. Os gritos (kiai) no decorrer da luta são usados para anunciar um golpe ou intimidar o adversário.

O conjunto das roupas protetoras usadas pelos lutadores chama-se Bogu: é formado pelo Men (capacete feito em tecido e couro e metal), Do (protetor de peito feito de bambu ou resina plástica), Kote (luvas feitas em tecido o e couro) e Tare (protetor de cintura, feito com tecido reforçado e coruro).

O Kendo é baseado na filosofia de três religiões: o shintoísmo, o budismo e confucionismo. O treinamento consiste em disciplinar tanto a mente como o corpo. O objetivo não é apenas vencer competições, mas também desenvolver o indivíduo, seu intelecto, corpo e espírito, e fazer com que o corpo, a espada e o espírito se transformem em uma única unidade. A etiqueta e o respeito são essenciais.

O Kendo é a evolução do Kenjutsu – tática do manejo da espada do Samurai. Com a unificação do Japão, no século XVII e a consecutiva proibição dos combates com espada, a classe de guerreiros ficou sem seu sentido prático. No século XVIII, as espadas de madeira (boken) foram substituídas pelas de bambu (Shinai), dando início ao Kendo.  Com o intuito de aprimorar as técnicas e ensinar a arte da espada a outras gerações, muitas escolas foram criadas. Em 1911, o Kendo se tornou matéria no currículo escolar japonês.